quinta-feira, 16 de abril de 2009

Escolhas.





Sabe aquele ponto em que alguém ou algo lhe dizem que você tem que escolher? Pois é...

Decidir implica em uma sequência micro de tomadas de decisões que influenciarão a grande escolha final, trata-se basicamente de vários questionamentos internos, longos e penosos, e quando você acha que terminou, lhe aparecem outras mil perguntas, bem parecido com a guerra entre o céu e o inferno, durará uma eternidade. Questionamentos que anteriormente nem lhe passariam pela cabeça, agora brotam do inconsciente como problemáticas furtivas, com uma facilidade tal que passam a tomar conta de todos os outros pensamentos quer você queira quer não. É um debate eterno sobre prós e contras, e acreditem, será sempre um empate.

Escolher não é nada simples, pois até mesmo as escolhas aparentemente sem importância irão desencadear toda a guerra e lhe render consequências. Um bom exemplo é a escolhe que fazemos todos os dias sobre o que irá nos abastecer de energia para que possamos manter o corpo em funcionamento, em movimento. Outro dia tive que escolher entre uma refeição ou um sanduíche, não conseguia decidir, então resolvi escolher primeiro, o local aonde comeria (não tente entender os mistérios da lógica cerebral da DA), haviam 3 opções, vitoriosamente reduzi para 2 (nem lembro como), posteriormente escolhi a que continha as duas opções primeiras, sanduíche ou refeição, chegando ao lugar demorei ainda algum tempo olhando o cardápio com fotos das refeições afim de decidir qual seria a escolhida e optei pelo sanduíche... usei a palavra optei para diferenciá-la de escolha, uma vez que peguei o sanduíche porque não aguentava mais pensar sobre sanduíche ou refeição. E depois de me render ao sanduíche, o cardápio me trouxe pelo menos 10 opções diferentes de sanduíche, foi outro "parto" escolher dentre todos eles. Todo esse processo de escolha demorou pelo menos 3 horas, acreditem, eu tenho testemunha válida em qualquer tribunal =þ Vários fatores foram levados em conta, a fome, o sabor, os quilos a mais no quadril =/, o cheiro, a praticidade, o baicon, o valor, a hora...

Não bastasse a pressão de ter de escolher e todos os seus desdobramentos possíveis e inemagináveis, ainda há aqueles engraçadinhos que lhe dirão "- Ou dá, ou desce.", não se apeguem ao exemplo do sanduíche, aqui me refiro àquelas decisões periclitantes, que resolvem ou mudam o rumo da vida, "Ou dá, ou desce"? Como se as escolhas que fazemos na vida se resumissem a apenas duas opções. ¬¬° E se eu nem subir? =]

E ao final de todo e qualquer processo de escolha, perceberemos ainda que nós não decidimos nada... nunca, nem sobre o sanduíche nem sobre "dar ou dscer". Coisas ao acaso, sem consciência, sem moral ou ética é que decidem, normalmente um acontecimento fortuito muda tudo aos 47' do segundo tempo, e nós já cansados de todo o processo, sem quaquer força para uma nova guerra entre céu e inferno, simplesmente aceitamos e tomamos para nós, a glória da escolha vitoriosa.